doce caminho

rascunho para tela/ rafael godoy

queria ser o que não fui

mas sou o passado
com o corpo podre e gasto

ainda gosto de abrir a janela
e ver essas manhãs frias de julho
me batendo nos cabelos

ainda posso ouvir os stones
dylan joplin tom e chico no sofá de casa
fumar o meu cigarro sem grilhões
e beber meu vinho sossegadamente

parece que o caminho para a morte
pode ser mais doce em dias como esses




11 comentários:

Hercília Fernandes disse...

...penso que sim, Godoy.

Que as manhãs [frias] de julho nos tragam as memórias que nos são tão raras e caras.

Belíssimo post, a tela do Rafael combina-se perfeitamente às paisagens poeticamente descritas.

Beijos com carinho,
H.F.

Unknown disse...

há que se trilhar os dias até o fim da longa estrada,


beijo

José Carlos Brandão disse...

Olá, Adriana. Hoje passei pelo seu blog (e por aqui). Sempre gosto do que vejo. Com uma ponta de dor - a dor, a morte se intrometem no que escrevemos. É que fazem parte da vida.
Beijos.

Ana Ribeiro disse...

Ah o vinho... Bendito seja.
Abraço,
Ana

Anônimo disse...

Adorei.

Unknown disse...

DRI!

Que linda e diferente postagem!

O caminho para a morte é sempre mais doce....nas vidas amargas.

Beijos

Mirze

Luciano disse...

morrer em boa companhia, mesmo quando se está só.
bjão

Vinícius Paes disse...

Adriana, esse poema é, sem dúvida, o mais você de todos. Eu quero ser você. hahaha. Ou seu eu-lírico. hahaha.

Beijos, querida.

Adriana Godoy disse...

Cada comentário é uma viagem doce e saborosa. Agradeço a cada um, de verdade. Beijo

Rounds disse...

maravilha, adri

dos meus.

bj

Francisco Coimbra disse...

UM CAMINHO ÓTIMO, fica mesmo em maiúsculas... bjs